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Em 1985 surge o escritório de arquitetura e urbanismo D.A. Projetos, Obras e Interiores, disposto a ter uma longa carreira de sucesso na realização dos sonhos de todos os seus clientes.
Exatamente nessa época, nossos projetos eram elaborados com lapiseiras, lápis, canetas nanquim graphos,, normógrafos, compassos, transferidor e escalímetro sobre prancheta com régua paralela e esquadros de 45 e 60 graus.
Desenhávamos à lápis no papel manteiga, muitas vezes à mão, antes de passar a limpo.
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Depois passávamos à tinta para o papel vegetal, muitas vezes “apagando” com lâminas gillette blue blade.
As paredes (acreditem!), eram “feitas” com graxa para sapatos nugget cor preta.
Executadas numa precisão quase cirúrgica: no verso do vegetal, colávamos fita durex
fazendo o contorno dos dois lados das paredes, passávamos graxa, esperávamos secar e depois (antes de tirar o durex) limpávamos algodão para sair o excesso e deixar bonito.
Depois deste processo, virávamos o vegetal na prancheta e admirávamos as paredes lindamente contornadas na cor preta.
Essa visão causava uma sensação tão gratificante de calma e dedicação na elaboração desse trabalho, que junto com aquelas linhas retas e curvas visíveis, fluíam nossos pensamentos, o tempo passava sem que percebêssemos e os detalhes surgiam imantados de força criativa.
Nossas propostas eram elaboradas em papel sulfite, papel carbono e papel celofane cor de rosa ou azul para guardarmos como cópia
cuidadosamente datilografadas. Era quase proibido errar uma letra por causa do trabalho que dava para corrigir. Errar uma palavra então, nem pensar!
Quando compramos um faxsimile e uma máquina de datilograr elétrica sentimos que o progresso se instalava em nosso escritório.
Quanta facilidade! Quanta agilidade!
Podíamos errar sem tanta preocupação, era mais fácil “apagar”.
Nossas sugestões de áreas verdes e paisagismo eram esboçadas à mão com caneta graphos ponta fina, média e grossa.
Os pisos em lajotas e miracemas do jardim eram cuidadosamente desenhados no verso do papel vegetal , para dar um ar mais leve ao projeto.
Gostávamos de apresentar os Estudos preliminares, no papel manteiga, colorindo com canetas Pilot ponta grossa.
Uma maravilha essa história: eram paredes amarelas, azuis numa variedade sem fim!
Outras vezes, caprichávamos com lápis coloridos.
E outras vezes, incrementávamos o próprio projeto.
Nossas perspectivas eram feitas à mão...
As apresentações do projeto continham amostras de materiais a serem utilizados.
E, na reta final: Cópias heliográficas!
Sentir o cheiro da amônia nas folhas ainda morninhas, saindo da máquina, cortar,
dobrar e colocar na pasta para entregar ao cliente produzia uma sensação de
dever cumprido.
Primorosas essas cópias heliográficas no tom azul ou preto!
Era o que tínhamos e nos dávamos muito bem com essa tecnologia da época.
Exemplo:
Bancas da Praça Antonio Prado em frente à
BM&F
Bolsa de Mercadorias e Futuros
Centro de São Paulo |
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Alguns anos depois, as fotos das bancas da Praça Antonio Prado, ilustraram a agenda da BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros e, ficaram registradas na história.
Quem passar pela Praça Antonio Prado verá que as bancas continuam lá e resistem ao tempo.
Prefácio da agenda pelo presidente da BM&F na ocasião.
O uso das tintas coloridas na época
A coloração das tintas era feita na base do conta-gotas, calculando os pingos coloridos das bisnagas
dentro da tinta branca.
Dessa forma, criávamos todas as cores possíveis e imagináveis.
O mais importante era contar e anotar quantas gotas de corante para cada galão de tinta branca
quando chegasse ao tom idealizado, para ficar registrado quando precisássemos de mais tinta
daquela cor. Era um tipo de diversão e relaxamento na obra e tínhamos tempo!
O primeiro computador chegou... um verdadeiro progresso!
Os projetos passaram a ser em AutoCad.
A experiência e vivência profissionais pelo aprendizado e prática constantes, impulsionaram a compartilhar conhecimentos através da criação de um curso específico voltado ao acompanhamento de obras.
Arquiteta Benezet Morgado é hoje titular do Cao - Curso Acompanhamento de Obras na Panamericana Escola de Arte e Design em São Paulo. |
E, mais de 30 anos depois, nosso posicionamento diante dos trabalhos continua
firme e forte, sempre criando e inovando cada vez mais!
Seguimos, ao lado de nossos clientes, com o mesmo carinho, zelo e comprometimento que fez da
D.A. Projetos, Obras e Interiores
uma empresa
feliz que faz os outros felizes!